domingo, 25 de maio de 2014

Plantas Aquáticas - Plantas Marginais- 2

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Plantas Marginais - 2

"As plantas marginais preferem locais rasos, como margens de lagos e permanecem com as raízes e a primeira porção do caule e folhas submersos, além disso oferecem excelente abrigo para a vida silvestre, como rãs, insetos e outros animais aquáticos.


Lótus
Foto: Rita Barreto

Nome Científico: Nelumbo nucifera
Sinonímia: Nelumbium nuciferum, Nelumbium speciosum, Nelumbo caspica, Nymphaea nelumbo
Nome Popular: Lótus, Flor-de-lótus, lótus-sagrado, lótus-da-índia
Família: Nymphaeaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia e Oceania
Ciclo de Vida: Perene

O lótus é uma planta aquática repleta de significados religiosos e míticos.
No budismo, devido ao seu ciclo de vida, simboliza a vida eterna e a renovação.
Suas folhas são grandes, arrendodadas e levemente onduladas em direção as bordas.
O pecíolo é longo, espinhento e eleva as folhas acima da superfície da água.
As flores, formadas no verão, são muito belas, e podem ser brancas ou róseas. Produz frutos com sementes comestíveis.
O lótus prefere cursos de água lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade.
Se enraiza no fundo lodoso por um rizoma vigoroso.
Sua folhagem e flores desaparece no inverno.

Pode ser cultivada em lagos, tanques e espelhos de água, sempre a pleno sol.
Se a água contiver peixes, evite adubações pesadas, fazendo apenas uma fertilização leve caso seja muito necessário.
Aprecia o frio leve, florescendo mais em climas amenos.
Multiplica-se pela divisão da planta e por sementes.

Medicinal
Indicações: Afecções respiratórias, estomacais, intestinais e uterinas, alívio da menopausa.
Propriedades: Antidiarréica, antiinflamatória, antitussígena, emoliente catarral.
Partes usadas: Toda planta e raízes.

Autor: Raquel Patro


Mureré
Foto: Rodrigo Black

Nome Científico: Eichhornia paniculata
Sinonímia: Eichhornia martiusiana, Eichhornia martiana, Pontederia paniculata, Pontederia martiusiana, Pontederia tricolor
Nome Popular: Mureré, rainha-dos-lagos, jacinto-d'água, aguapé
Família: Pontederiaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Anual

Esta espécie de Mureré, destaca-se por apresentar flores menores e delicadas, dispostas em longas inflorescências do tipo panícula, diferente de Eichhornia crassipes que apresenta inflorescência densa e espigada, com flores grandes.
E.paniculata é uma planta herbácea florífera, aquática e anual, habitante natural de margens de rios e lagos do norte e nordeste do Brasil.

Seu caule é estolonífero e suas raízes ficam fixas no lodo, mas é possível que se desprendam no caso de ocorrerem cheias.
Desta forma elas se tornam flutuantes até que possam encontrar fixação novamente.
Suas folhas são verdes, cordiformes, brilhantes, sésseis, e surgem dispostas em roseta basal ou em pecíolos emergentes.
As inflorescências são eretas e longas, aparecendo acima da folhagem, e podem conter mais de cem flores arroxeadas e hermafroditas.
A floração ocorre na primavera e verão.

Deve ser cultivada sob sol pleno, nas margens de tanques, lagos ou córregos, plantadas diretamente no solo ou em vasos preparados, fertilizados com abundante matéria orgânica.
Também pode ser cultivada em terrenos baixos, encharcados, como várzeas.
Não tolera o frio, ou correntes de água muito fortes, que podem desenterrar as plantas.
É considerada invasiva, devido à facilidade de propagação, sendo proibido seu cultivo em alguns lugares, como no estado da Florida nos Estados Unidos.
Multiplica-se por sementes e por divisão das touceiras.

Autor: Raquel Patro


Ninféia-azul
Foto: Rita Barreto

Nome Científico: Nymphaea caerulea
Sinonímia: Nymphaea calliantha, Nymphaea mildbraedii, Nymphaea nelsonii, Nymphaea stellata
Nome Popular: Ninféia-azul, lírio-dágua
Família: Nymphaeaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: África do Sul
Ciclo de Vida: Perene

Excelente para espelhos de água e laguinhos ornamentais, a niféia-azul apresenta uma bela folhagem flutuante.
As folhas são grandes, lisas e com as bordas irregulares e levemente enroladas.
As flores solitárias são muito vistosas, de coloração azul, com o centro amarelo e são elevadas por longos pedúnculos acima da superfície da água.
A ninféia-azul pode ser plantada em vasos ou diretamente no lodo em cursos lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade.
Sua folhagem e flores desaparece no inverno.
A floração ocorre na primavera e verão.

Pode ser cultivada em lagos, tanques e espelhos de água, sempre a pleno sol.
Se a água contiver peixes, evite adubações pesadas, fazendo apenas uma fertilização leve caso seja muito necessário.
Tolerante ao frio.
Multiplica-se pela divisão dos tubérculos e por sementes.

Autor: Raquel Patro



Ninféia-branca
Foto: Howard Knodle


Nome Científico: Nymphaea alba
Sinonímia: Nymphaea occidentalis, Castalia alba
Nome Popular: Ninféia-branca, lírio-d'água, nenúfar-branco, lírio-branco
Família: Nymphaeaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: Europa, Ásia e África
Ciclo de Vida: Perene

A ninféia-branca é uma planta aquática adaptada às margens de rios calmos ou lagos, em regiões de clima temperado.
Suas folhas são grandes, emersas, semi-flutuantes, cordiformes, coriáceas, brilhantes, de coloração verde-escura na página superior e avermelhada na inferior. Elas são sustentadas por longos pecíolos que ligam-se ao rizoma, carnoso e horizontal, enterrado no fundo do lago.
As flores solitárias surgem em longos pedúnculos, são brancas com muitos estames de anteras amarelas.
São hermafroditas e podem se autopolinizar, assim como podem ser polinizadas por insetos.
O fruto formado é do tipo aquênio, com sementes que se dispersam pela água.

É uma planta belíssima para adornar espelhos d'água, principalmente em regiões de clima temperado e subtropical, onde outras ninféias mais populares podem não se adaptar muito bem.
Durante o inverno, a ninféia-branca perde suas folhas e entra em dormência, auxiliando na iluminação do lago.
Na primavera sua folhagem rebrota e ela pode fornecer sombra e abrigo para os animais aquáticos durante os períodos mais quentes.
Exige pouca manutenção, apenas a retirada de folhas mortas para manter a boa qualidade da água.
Adapta-se a ambientes bastante poluídos, auxiliando na recuperação ecológica do lago.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em lagos ou tanques, sendo plantadas diretamente no lodo de lagos naturais ou em vasos dentro de tanques.
O nível de água para o cultivo da ninféia-branca deve estar entre 40 e 50 cm. Planta originária de clima temperado, a ninféia tolera baixas temperaturas e aprecia o clima ameno.
Adubações orgânicas leves estimulam seu crescimento.
Multiplica-se por sementes e por divisão do rizoma.

Autor: Raquel Patro


Ninféia-vermelha
Foto: Rita Barreto

Nome Científico: Nymphaea rubra
Nome Popular: Ninféia-vermelha, ninféia-rosa, nenúfar
Família: Nymphaeaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: Índia
Ciclo de Vida: Perene

Planta de folhagem e florescimento bastante ornamental, a ninféia-vermelha acrescenta beleza e misticismo aos jardins com lagos.
Suas folhas flutuantes são grandes, arrendodadas e com bordas serrilhadas.
As flores, elevadas acima do nível da água, são formadas no verão, e se abrem brancas, tornando-se róseas com o passar do tempo.
Os estames amarelos são elevados em bloco.
A ninféia-vermelha pode ser plantada em vasos ou diretamente no lodo em cursos de água lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade.
Sua folhagem e flores desaparece no inverno.

Pode ser cultivada em lagos, tanques e espelhos de água, sempre a pleno sol.
Se a água contiver peixes, evite adubações pesadas, fazendo apenas uma fertilização leve caso seja muito necessário.
Tolerante ao frio.
Multiplica-se pela divisão dos tubérculos e por sementes.

Autor: Raquel Patro


Papiro-brasileiro
Foto: Célio Maeda

Nome Científico: Cyperus giganteus
Sinonímia: Cyperus comosus, Cyperus elegans, Cyperus giganteus var comosus
Nome Popular: Papiro-brasileiro, papiro
Família: Cyperaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

Engana-se quem acredita que este é o papiro utilizado pelos egípcios.
Na verdade esta planta é brasileira, mas é muito parecida com o Cyperus papyrus, o papiro verdadeiro.
O papiro-brasileiro é uma excelente planta palustre, isto é, adapta-se e cria um efeito excelente na beira de laguinhos, fontes e espelhos de água.
Ela apresenta hastes longas com uma cabeleira de folhas finas nas pontas.
As flores são pequenas, amarelas, discretas e não apresentam importância ornamental.

Devem ser cultivadas a pleno sol, sempre na beira da água, em solo composto de terra de jardim e terra vegetal.
Tolerante ao frio.
Multiplica-se através da divisão das touceiras, preservando a estrutura completa da planta, com rizoma, raízes e hastes.

Autor: Raquel Patro


Sombrinha-chinesa
Foto: Célio Maeda

Nome Científico: Cyperus alternifolius
Nome Popular: Sombrinha-chinesa, palmeira-umbela, planta-umbela
Família: Cyperaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: Madagascar
Ciclo de Vida: Perene

O Cyperus alternifolius ganhou o nome de sombrinha-chinesa devido à forma que tomam suas folhas.
Esta planta possui as hastes finas e resistentes e proporciona um belo efeito ornamental.
Na mesma família (Cyperaceae) estão também outras plantas mais conhecidas, como o papiro (Cyperus papirus), que era utilizado pelos egípcios para a confecção do papiro, e o papiro-brasileiro (Cyperus giganteus) que é nativo do Brasil.
A sombrinha-chinesa é uma planta palustre de crescimento muito rápido, chegando a ser considerada como invasora em determinadas situações.

Desenvolve-se sob sol-pleno ou meia-sombra.
Apesar de suportar o sol muito forte e frio intenso, nessas condições geralmente fica com as folhas queimadas e com mau aspecto.
Quando cultivada diretamente no solo bem drenado, seu desenvolvimento pode ficar comprometido, devendo permanecer à meia-sombra.
Já em solo úmido ou ainda em solo alagado, com coluna de água em torno de 5cm, aceita sol pleno.
Mostra-se, assim, uma ótima planta para ser cultivada em lagos ornamentais, desde que suas raízes sejam mantidas sob controle.
Cresce até cerca de 1,5 metro de altura.

Possui folhas perenes, sempre verdes, estreitas e eretas que partem do centro de uma haste, obtendo o formato de uma sombrinha.
Requer que as folhas velhas sejam retiradas para manter uma melhor aparência.
A sombrinha-chinesa não é exigente quanto ao pH da água, suportando altos índices de reserva alcalina.
Assim, desenvolvem-se muito bem mesmo em lagos de alvenaria.
As flores não têm importância ornamental.

Sua propagação pode se dar por sementes, por divisão do rizoma ou ainda cortando-se as folhas com uma parte da haste e deixando-a na água ou enterrando-a em solo úmido ou areia.
É importante não introduzi-la indiscriminadamente em áreas abertas nas quais poderia prejudicar a flora local, considerando seu caráter altamente invasor.

Colaborador: Célio Maeda


Vitória-régia - Victoria amazonica
Foto: Frank Wouters


Nome Científico: Victoria amazonica
Sinonímia: Victoria regia, Euryale amazonica, Victoria regalis
Nome Popular: Vitória-régia, milho-d'água, rainha-dos-lagos, rainha-dos-nenúfares, forno-d'água, forno-de-jaçanã, nanpé, jaçanã, aguapé-assú, cará-d'água
Família: Nymphaeaceae

Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil, Bolívia e Guianas
Ciclo de Vida: Perene

A vitória-régia é uma planta aquática gigante e rizomatosa, nativa da Amazônia. Suas folhas são circulares, enormes, podendo alcançar 2,5 metros de diâmetro, e flutuantes, com bordos elevados em até 10 cm, que revelam a página inferior espinhenta e avermelhada.
Esta face inferior apresenta uma rede de grossas nervuras e compartimentos de ar responsáveis pela flutuação da folha.
A superfície da folha ainda apresenta uma intrincada rede de canais para o escoamento da água, o que também auxilia na sua capacidade de flutuar, até mesmo sob chuvas fortes.

Longos, espinhentos e flexíveis pecíolos ligam as folhas ao grande rizoma da planta que permanece submerso e enterrado no fundo do lago ou rio.
As flores são lindas, grandes e perfumadas e surgem no verão, durando apenas 48 horas.
No primeiro dia da floração elas se mostram brancas e no segundo dia, o da polinização, elas se tornam róseas.
O besouro responsável pela polinização da Vitória-régia entra na flor no primeiro dia, após o desabrochar, que ocorre no final da tarde, e acaba prisioneiro até o dia seguinte, pois a flor se fecha durante a noite.
Após a polinização a flor volta para dentro do lago, para a formação do fruto, do tipo baga, que amadurece em 6 semanas.
As sementes produzidas são comestíveis e envoltas por uma espécie de esponja que permite sua flutuação.

O rizoma da planta é rico em amido e sais minerais, e é utilizado como alimento pelo índios.
A cada ano de idade da planta ele aumenta suas reservas e com isto a planta cresce.
A vitória-régia é uma planta de cultivo delicado, visto que só vegeta sob o calor equatorial e tropical, não tolerando o frio.
Em países de clima frio ela só pode ser cultivada em estufas com água e ambientes aquecidos.

Planta exclusivamente aquática, deve ser cultivada sob sol pleno, em lagos ou tanques com mais de 90 cm de profundidade, com água em temperatura de 29 a 32ºC. Não tolera temperaturas abaixo de 15ºC.
Não é muito exigente em fertilidade e manutenção, sendo que o replantio anual e adubações leves são suficientes para o seu pleno desenvolvimento.
Multiplica-se por sementes e divisão do rizoma.
Atualmente há variedades e híbridos com V. cruziana que são um pouco mais adaptados ao frio e de menor porte, para lagos menores.

Autor: Raquel Patro
http://www.jardineiro.net

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