quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Palmeiras Ornamentais --14

Palmeira Real


Archontophoenix alexandrae

A palmeira real australiana é uma palmeira perene, de estipe único, nativa da Austrália, utilizada até então como palmeira ornamental.
O interesse nessa palmeira como produtora de palmito, no Brasil, só começou a partir de 1990, quando a exploração predatória da palmeira juçara na região sudeste do Brasil e do açaí no norte tinham alcançado o seu máximo e nossas reservas de palmito nativo já estavam bastante delapidadas.

Atualmente, a palmeira real australiana tem sido cogitada para o cultivo racional de palmito, devido principalmente às suas características de precocidade, rusticidade e qualidade do palmito.
Este, embora com características diferentes das espécies tradicionalmente usadas (juçara e açaí), apresenta excelente paladar, textura e coloração, sendo considerado um produto nobre.
A palmeira real tem a vantagem de não pertencer à flora típica brasileira e portanto não estar sob a supervisão do IBAMA, podendo ser explorada livremente.

O clima adequado para o cultivo da palmeira real australiana é o quente e úmido, com temperatura média anual de 17 a 22° C e precipitação pluviométrica de 1.200 a 2.000 mm anuais.
Porém ela pode se desenvolver bem em regiões com temperaturas mais baixas e precipitação inferior à anteriormente mencionada, desde que bem distribuída.
Tolera geada, mesmo no estágio de muda (20 a 50 cm de altura).
O cultivo da palmeira real australiana deve ser em áreas a pleno sol, só precisando de proteção quando ainda em fase de viveiro.

A palmeira real australiana não é exigente em solos, desenvolvendo-se mesmo em solos pobres e ácidos, com PH entre 3,6 e 4,5, desde que sejam de textura média a leve e com boa drenagem.
No entanto, é óbvio que prefere solos com maior fertilidade e a produção de palmito em áreas de fertilidade baixa deve se basear na reposição de nutrientes, através de adubações anuais parceladas.

A palmeira real australiana é bastante resistente às principais doenças que ocorrem com as demais palmeiras em condições de viveiro (antracnose, helmintosporiose, cercosporiose)

A colheita do palmito é feita entre 18 a 36 meses do plantio dependendo do solo, clima, espaçamento e adubação.
Aos 18 meses o palmito terá entre 150 a 300 gramas de peso.
Aos três anos pode-se colher plantas com até 800 gramas de palmito.

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